Depoimentos
Por: Cassiana Pizaia (jornalista)
"Comer um doce árabe no Al Baba em uma manhã de domingo é quase um ritual. Não conheço o Líbano, mas o ambiente e o movimento em torno da grande mesa de doces me faz imaginar uma bela confeitaria de Beirute."
Pense em formas e mais formas recheadas de quitutes arrumadas com capricho no meio do salão. Você sente no ar o aroma de bolo quente. É o knafeh, um doce feito de queijo, massa de semolina e água de flores. Uma delícia cortada e servida quente ali mesmo, com calda doce, no prato ou dentro do pão. Isso mesmo, dentro do pão!
Baklawa de Chocolate e pistache.
Você mesmo escolhe o que quer e paga por peso ou por unidade. Este tipo de self- service tipicamente árabe é o que eu mais gosto no Al Baba. Uma delícia poder olhar, sentir o aroma, passear entre toda aquela quantidade e variedade de doces.
Só de baklawa, há tantos sabores que fica difícil escolher. O quitute mais tradicional, quase sinônimo de doce árabe, é feito com camadas finas de massa folhada e calda de de flor de laranja ou especiarias.
Baklawa de Amêndoas
O baklawa tem origem tão antiga que quase se perde naquelas lendas das mil e uma noites. Dizem que surgiu na Mesopotâmia, hoje Iraque, mais de oito séculos antes de Cristo. Depois seduziu gregos e persas, romanos e turcos otomanos.
O doce também era servido aos sultões e suas concubinas, no Palácio Topkapi, em Istambul. Era apreciadíssimo porque, dizem também, teria propriedades afrodisíacas. Isso numa época em que a Europa nem sabia direito o que era açúcar!
O chef do Al Baba adaptou esta história toda ao nosso paladar. O baklawa ganhou recheio de damasco, pistache, chocolate, avelãs e castanhas inteiras.
Namura de coco
Para quem não gosta de massa folhada, uma boa opção é o namura, uma espécie de bolo cremoso com massa de semolina (a parte nobre do grão de trigo). Na última vez que fui ao Al Baba, havia namura de coco e de amêndoas. A última novidade era o sablé, um doce francês recriado com recheio de damasco.
Sablé de damasco
Se não bastasse a tentação em forma de doce, o empório também faz pastas de grão de bico, berinjela e coalhada e salgados árabes, pratos típicos que, pra mim, estão entre os melhores da cidade. Dá pra comer ali ou levar o banquete pra casa.
FOTOS: CASSIANA PIZAIA
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Onde fica: O Empório Al Baba que eu frequento fica na R. Emiliano Perneta, 865, no centro de Curitiba. Há também uma filial na rua Eduardo Sprada, 1190 e outra, especializada em lanches árabes, na Mercadoteca (Rua Paulo Goski, 1309).
Horário de funcionamento loja centro: Segunda a sexta, das 10h às 20h. Sábados, das 10h às 19. Domingos, das 10h às 13h. O knafeh quente só é servido aos domingos.
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